quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Fora a gripe...
Com estes dois nem tem como ser diferente.
Não é Mac Donald's, mas EU AMO MUITO TUDO ISTO!!
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
JUST THE 3 OF US
Esta semana o Daniel está em Bruxelas, em treinamento oferecido e pago pela HP. Ele foi na segunda-feira e voltará hoje a noite. Estão sendo 4 dias sozinha com os meus filhotes.
Esta tudo corrend bem. A hora de dormir é que se transforma num corre-corre. Os dois estão acostumados a dormir no mesmo horário... e sozinha eu tenho sempre que ter uma estratégia pra que tudo saia sem muito stress... hehehe
A primeira noite foi assim: Primeiro coloquei o Giovanni pra dormir, dai levei a Yasmin pra cama. Entre escovar os dentes, trocar de roupa, ler uma historia, etc, o Giovanni acordou. Tive que deixa-la me esperando na caminha dela, com o livrinho na mão. Depois que o Giovanni melhorou da cólica (sempre tem atacado este horário), voltei pro quarto da Yasmin. Contei a historinha, cantamos juntas, e sai. Fui pra sala disposta a ver um dvd. Quando comecei a assistir, o Giovanni acordou novamente, e pra minha surpresa e azar não queria dormir de novo. Levei pra sala, e depois de 40 minutos consegui faze-lo dormir. Já eram 23:30, e acabei desanimando de continuar o filme. Dei uma geral na sala, olhei meus emails, etc, fiz a mamadeira da madrugada e fui dormir.
Na segunda noite troquei de estratégia, levei a Yasmin pra dormir. E o Gio no meu colo. Fora o fato de que ele ficava puxando o livro que eu estava tentando ler pra ela (e ela ficava irritada e xingando ele...hehehe) foi tudo bem. Vim pra sala, fiz o Gio dormir, e coloquei ele no berço. Fui assistir um outro filme (desanimei de continuar o de ontem). O Gio acordou uma vez, mas logo dormiu de novo.
A terceira noite, troquei de novo a estratégia. Aliás, nem é bem estratégia, eu coloco pra dormir primeiro aquele que está com mais sono, mais caidinho, e desta vez era o Gio. Coloquei ele pra dormir e fui com a Yasmin fazer todo o ritual. Sai de lá e o Gio ainda dormia. Mal cheguei na sala ele acordou. Fui lá e em poucos minutos ele estava dormindo de novo. Dei uma organizada na sala e fui assistir outro filme.
A correria é grande, mas no final tudo dá certo, Hoje tem a quarta e última noite da série. Vamos ver qual estratégia terei que adotar.
LINDINHA DA(S) VOVÓ(S) E DO(S) VOVÔ(S)
Ontem meus sogros estiveram aqui pra nos visitar e nos fazer companhia. Estavam com receio que eu me sentisse muito sozinha estes dias todos sem o Daniel. Queriam me dar uma força. Aliás, eles sempre me dão muita força, me tratam como filha mesmo. Tenho muita sorte com a família que fiz aqui.
Minha sogra ontem disse pra mim: Falo sempre que tenho 1 filho (Daniel), 2 filhas (Bianca e eu) e 1 genro (Gertjan, marido da minha cunhada Bianca). E eu disse que sei disto, porque é assim que eu me sinto também, talvez porque eles demonstram isto na forma que me tratam, e a recíproca é totalmente verdadeira.
Sem falar que são avós maravilhosos pros meus filhos. A Yasmin é a queridinha deles. Não tem como negar, como evitar. Eles mesmo admitem isto. Minha sogra me confessou com os olhos cheio de lágrima que amam todos os 6 netos, mas não dá pra negar que com a Yasmin e o Gio é diferente... ela me disse que desde que a Yasmin nasceu é que eles realmente podem ser avós por completo, sem ter que medir as palavras, os gestos de afeto... que eles não apenas sabem o que é amar um neto, mas também descobriram o que é ser amado por um.
E isto eles realmente são. A Yasmin é louca pelo opa e pela oma dela. Minha filha é uma criança muito carinhosa, e enche mesmo a vida deles de amor, de afeto. Ela adora abraçar, beijar, diz que ama, e tudo de forma pura, limpa. Se eles trazem presente, ganham beijos, abraços, fazem ela feliz. Se eles não trazem nada, é a mesma coisa.
Aliás, a Yasmin distribui afeto onde passa. Ela sabe que é dando carinho que se recebe, e quando ela sente que é amada, ela corresponde. Quem já ganhou um abraço destes, sabe o que eu estou falando (não é dindinha?)
Meus sogros passaram por momentos dificeis em 2004, e confessam que a Yasmin foi quem manteve eles lutando, quem os motivou a sair daquela situação. Foi mesmo por ela que eles deram a volta por cima. E por ela eles realmente fariam qualquer coisa.
Meu sogro é uma pessoa maravilhosa, mas é meio na dele. Não demonstra muito afeto, muita emoção. Ou melhor, não demonstrava, até a Yasmin entrar na vida dele. Ele é extremamente apegado à ela. Sempre que meus sogros vem aqui, o opa a leva pra passear, seja junto com a minha sogra, ou como ontem, sozinhos. Foram pra Alkmaar, passearam, compraram roupa pra ela (e ela que escolheu), comeram batata frita e fizeram supermercado (leia-se comprar sorvete, revistinha, etc.).
Pois é, a Yasmin derreteu o coração as vezes frio do sogrão. Ele as vezes liga aqui pra casa só pra falar com ela, com a princesa do vovô. Só pra ouvir a voz dela, pra rir das historias dela, etc.
Só espero que ela não fique muito mimada com tanto amor de avós... hehehehe. Se bem que é justo, porque ela tem colhido só o que ela planta. E também ela não pode ser muito paparicada pelos meus pais, por causa da distancia, embora os ame muito também. A Yasmin vive falando neles com muito carinho (vovói e vuvu), e quando esta perto os enche de abraço, de beijo, de carinho... e quando está longe eu me encarrego de não deixar que ela se esqueça deles e do quanto eles a amam.
Quem me dera a Yasmin (e também o Gio) pudesse desfrutar do amor de todos os avós com a mesma frequência.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
TUIN NEWS
Enquanto isto, Giovanni continua reinando absoluto como o machinho da família. Mas vai ter trabalho com estas meninas todas. Ele vai ser obrigado a brincar de casinha, tadinho.
Quem diria. Meus sogros tiveram 2 filhos e jamais imaginariam que seriam avós de 6 netos. Isto se minha cunhada parar por aí. Animada ela.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
PÁRA COM COMPARA(ÇÃO)
Algumas pessoas (a maioria de amigas minhas que são mães de um só filho – por enquanto) me fizeram a mesma pergunta. Pergunta a qual eu fazia a mim mesma antes do Giovanni nascer. “Como eu posso amar outro ser da maneira que eu amo meu nenem?? É verdade que mãe ama todos os filhos de forma igual?”
É verdade que a gente vive as emoções da maternidade com um segundo filho de forma diferente. É difícil de explicar o porquê… não sei se é porque agora temos mais experiência, não sei se porque agora tem outra criança em casa e a atenção precisa ser dividida (e o trabalho dobrado). Mas a verdade é que estas emoções, uma a uma, embora sejam vividas de forma diferente, não chegam a ser menos intensa.
A gente sabe que filho não se compara, mas não dá pra evitar. Não dá pra não notar e comentar as semelhanças, analisar e procurar as diferenças.
Tão diferentes e tão iguais. Fisicamente também é assim, embora é inegável que existem neste caso mais semelhanças do que diferenças (vide fotos).
As diferenças vão além do que se vê… ELA nasceu em casa, ELE, no hospital. ELA eu amamentei por 2 anos. ELE tem 6 meses e já não mama mais no peito. ELA sempre foi miudinha. ELE já nasceu grandão, E por aí vai.
A Yasmin aos 3 anos ainda vem com bastante frequencia pra nossa cama de madrugada. E muitas das vezes o Giovanni já se encontra por lá. Bom, esta história tem me causado noites em claro, olheiras enormes e muito cansaço. Eu digo as vezes que descanso durante o dia e me canso à noite.
Prefiro acreditar que daqui uns 3 anos ambos estarão dormindo em suas caminhas e eu voltarei a experimentar uma noite inteira de sono. Até lá vamos vivendo este filme, que se tivesse um nome, com certeza seria “uma cama para 4”.
Sorte que amor de mãe é incondicional e eles podem tudo. Até me cansar de dia, e me exaustar de madrugada :) Ser mãe é sofrer sorrindo (ou seria sorrir chorando?)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
ABC antes da hora??
A Yasmin sempre foi uma criança a frente de sua idade. Claro, sou mãe e isto soa exagerado. Eu sei. Mas não me baseio em minha corujisse pra dizer isto. Todos em nossa volta sempre concordaram que ela é extremamente inteligente.
Sabemos que uma criança educada em mais de um idioma tende a demorar um pouco mais pra desenvolver a fala, porém a Yasmin com 1 ano e meio já obtinha um vocabulário quase inimaginável pra idade dela.
Aos 2 anos Yasmin já falava frases completas e corretas. Hoje, aos 3, ela fala como gente grande e até a professora já comentou conosco que mesmo ela sendo a mais novinha da turma, é a que fala melhor o holandês. Não apenas a pronúncia é mais clara, mas o vocabulário e a construção correta das frases é incrível.
Tão esperta assim, eu já esperava que ela fosse se interessar cedo pela leitura e escrita. Mas foi tudo muito natural. As vezes comentávamos o nome de uma letra, seja na garrafa de refrigerante, num livrinho dela, na tv... mas na maioria das vezes ela é quem perguntava.
Pra facilitar começamos a dar imagem para as letras. Assim ela poderia visualizar melhor as mesmas. Também aprendemos o alfabeto na escola desta forma. Eu ainda me lembro do A de abelha, do E de escova, do I de índio... e por aí em diante.
Aqui em casa o M é de Mamma (mamãe), o P de Pappa (papai), o G de Giovanni, o Y de Yasmin, o A de appel (maçã), o O de Opa e Oma (vovó e vovô), o E de Eefje (nome de uma prima), o L de Luna (nome da nossa gata), etc. Depois de aprender a reconhecer algumas letras, ela quis aprender a escreve-las também. Achamos meio cedo, mas como o interesse partiu dela nós fomos ensinando.
Tudo começou a cerca de 1 mês e a Yasmin já reconhece praticamente todo o alfabeto, e sabe escrever pelo menos 70% das letras. E ela continua querendo aprender. Continua pedindo.
O que sempre nos admirou nela é a memória incrível que ela tem. A Yasmin comenta coisas que aconteceu 1 ano atrás como se fosse ontem, e com riqueza de detalhes.
Os livros sempre foram os brinquedos favoritos dela. Ela prefere uma historinha do que brincar de boneca... sempre foi assim. Entre os muitos livrinhos que ela tem, há uma coleção de um ursinho chamado Beertje Bruin (Ursinho marrom). Ela adora tanto esta coleção que alguns livrinhos ela sabe de cor. Com 2 anos e meio ela pegava um livrinho do Beertje Bruin e fazia como se estivesse lendo, falava palavra por palavra do livro, e virava de página na hora exata. A impressão que dava é que ela estava realmente lendo o que estava escrito. O livro tem 16 páginas.
Lemos uma reportagem que dizia que iniciar a alfabetização aos 3 anos não é bom pra criança. Pena que no texto não falava como agir quando isto parte da própria criança, porque é complicado negar, ignorar o interesse dela.
Eu acho que tudo tem seu tempo. Por exemplo, ainda achamos cedo ensina-la a escrever palavras usando as letras que ela já conhece. Claro que na empolgação, chegamos a fazer isto. "Yasmin, Mama + Appel + Mama + Appel é a palavra Mamma". Ela discordava. Dai percebemos que estavamos indo rápido demais. Pra ela basta o M e pronto, é Mama. Por enquanto deve ser assim.
Porém já comentamos com ela que a letra é utlizada pra várias palavras e é apenas a primeira letra de determinada palavra. E ela entende, tanto que nunca fala que escreveu Mama, mas que escreveu a letra de Mama. Algumas letras ela chama pelo nome da própria letra, como por exemplo o E. Ela diz: "olha, o E de Eefje".
A conscientização de que letras formam palavras, já existe. Só que complicar mais não é legal. Tudo - como foi até aqui - deve partir da própria Yasmin.
A filha da minha amiga/irmã/cumadre também iniciou cedo sua alfabetização. Também se mostrou pronta antes da maioria das crianças da idade dela. Hoje aos 6 anos ela está na segunda série. Lembro da minha cumadre (né Vá?) se perguntando se deveria colocá-la no primeiro ano aos 5 anos, ou não. É uma decisão importante, porque é o início da vida escolar e social da criança. Mãe sabe o que é melhor pra gente, mas tem decisões que a gente toma, que não tem como prever se lá na frente isto era o melhor a ser feito. A Letícia (filha da minha cumadre) está provando que sim. :)
Mas pra mim e pra Yasmin ainda tem muito chão até lá. Muito livrinho pra lermos juntas, muita letra e coisa nova pra aprender, descobrir. E enquanto isto for prazeroso e divertido pra ela, eu estarei sempre pronta pra incentivar, ensinar e babar. :)
domingo, 6 de janeiro de 2008
Ofício mãe
É bom lembrar que mãe não carrega cartão pra bater ponto. É um emprego contínuo. Eu trabalho em 4 turnos. Manhã, tarde, noite, e às vezes, principalmente, de madrugada. Ah, e não tem pagamento no final do mês. Ainda acham que ser dona de casa e mãe é moleza. É escolher o caminho mais fácil...
Claro que às vezes não é questão de escolha. No meu caso é. Eu poderia estar trabalhando fora, mas escolhi cuidar da minha família. Por quanto tempo farei exclusivamente isto, não sei. Mas eu estou feliz assim agora.
Sempre que a gente conhece uma pessoa, duas das primeiras perguntas são ou, "você trabalha?", ou "onde você trabalha?" . Isto é normal do ser humano contemporâneo, onde a maioria das pessoas tem uma profissão não- continua. Onde a maioria se especializa em alguma coisa, e sai de casa pra cumprir uma função remunerada.
Se há alguns anos atrás causava estranhamento quando uma mulher dizia: "Eu trabalho fora", tamanho estranhamento causa hoje quando alguém diz que é dona de casa por opção. Falo por experiência própria. Muita gente acha que eu me convenci de que isto é o que eu quero, porque assim não me sinto derrotada por não trabalhar fora. Porque será que precisa ser sempre assim?
Eu admiro as pessoas que sentem necessidade de produzir além da porta da rua... que escolhem trabalhar fora e assim o fazem. Respeito as pessoas que gostariam de ficar em casa, cuidando dos filhos, mas não tem esta opção porque precisam ajudar no orçamento do lar. Mas aquelas pessoas que escolhem cuidar excluivamente da família (ainda que temporariamente), grupo da qual eu me enquadro, também merecem respeito, e não aquele olhar de "coitada, ela não trabalha".... o que? Eu trabalho sim, e muito. Mas não reclamo porque eu curto esta minha função temporária. Meus filhos só terão a ganhar, porque eu estou 24x7 por conta deles.
Árduo ofício, apesar de maravilhoso. Porque dona de casa/mãe é aquela pessoa que não dorme, que fica ao fim do dia sem banho pq durante o dia não deu tempo e a noite ela está tão exausta que deixa pro dia seguinte. Dona de casa/mãe é aquela pessoa que come comida fria. Que bebe refresco morno. Que dorme vendo tv. Que dá boa noite e ainda demora uma hora pra ir dormir porque precisa 'colocar umas coisinhas no lugar'. Dona de casa/mãe é aquela pessoa que começou a ler um livro e um ano depois não conseguiu termina-lo. Dona de casa/mãe é aquela que fica com a menor porção da sobremesa, que limpa só pra galera chegar e encontrar o chão em ordem pronto pra que eles sujem novamente. Que faz a cama pra criança pular em cima e jogar as almofadas longe. Que faz comida e fica toda contente porque todos comeram e gostaram. Isto não é ser submissa. Isto é cuidar. Eu cuido. E se assim ainda posso dizer que amo o que faço, é sinal de que sou sim feliz na minha profissão. Que faço com amor de verdade.
E isto tudo não faz de mim (ou de outra donas de casa/mães) heroínas, super pessoas... isto só faz de nós pessoas normais. Que acorda pronta pro batente e vai dormir exausta e com a sensação de dever cumprido.
Sem esquecer claro, das Donas de casa/mães que ainda trabalham fora. Que tb comem comida fria, dormem pouco e bem tarde, acordam cansadas e bem cedo. Saem de casa, sentem saudades dos filhos o dia todo. Chegam em casa cansadas e ainda sim, prontas pro turno da noite e madrugada.
Mulher. Depois dissem que somos o sexo frágil. Vai entender.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Guerra de culturas
Assim sendo, o mais correto é entrar em acordo. Fácil de falar. Possível de fazer, mas também complicado. Ele cresceu sob uma cultura totalmente inversa à que eu cresci. Ele ouve conselhos da mãe, da avó, que fizeram diferente da minha mãe, da minha avó. Eu acho que fui o lado que mais abriu mão nestes anos todos. Mas existem também as coisas das quais eu não abro mão. Umas o Daniel respeita, outras a gente leva várias discussões pra chegar no tal 'acordo'. O problema é que estas discussões acabam desgastando o relacionamento. A gente tenta ficar atento a isto. Mas acontece com todo mundo.
Pra educar filhos, não existe um manual. A gente, quando ainda tem planos de ter filhos, ou quando estamos aguardando a chegada deles (filhos), senta e conversa sobre possíveis pontos de discordância, e o que devemos ou não devemos fazer. Mas na prática não funciona sempre.
Por exemplo, sempre dissemos um pro outro: "se você discorda de algo que eu falei pra Yasmin fazer, ou não fazer, depois a gente conversa. Jamais diga isto na frente dela. Jamais tire minha autoridade." Isto é o ideal, mas as vezes quando vemos, já era.
O que acaba-se criando é que a criança, que percebe esta discordância, abusa da situação. Se a mamãe criticou o papai porque este me impediu de fazer algo, é pra ela que vou correr, e vice-versa. E eles percebem isto mais cedo do que a gente imagina.
Facil seria se desse sempre pra fazer de conta que concordamos, e ainda sim conseguir fazer a nossa maneira, como dia destes. Giovanni estava caindo de sono, e choramingando no colo do Daniel. A TV ligada super alta. O Giovanni, nem ninguém, conseguiria dormir com aquela barulhada. De tanto sono, o choramingo ficou choro mesmo, e o Daniel:
- Traz o remedinho do dente dele pra mim?
Eu:
- Ele tá é com sono, e não com dor de dente. Abaixa o volume da tv senão ele não dorme.
Ele:
- Tá, traz o remedinho que eu abaixo o volume da tv.
Feito. Em poucos minutos o Giovanni dormiu.
Eu fiquei pensando: "Finalmente o menino conseguiu dormir sem aquela barulhada, e o Daniel ficou satisfeito porque acha que é o remedinho pro dente que resolveu o problema." E o Daniel no mínimo pensava: "Agora sem dor de dente o Giovanni conseguiu dormir. Tudo bem que pra isto tive que abaixar o volume e deixar a mãe dele achando que ela sabe de tudo."
Pois é, então.
Novamente estas mal traçadas linhas
Não sei se o que mais me falta é talento ou tempo. Mas com certeza o que mais andava gritando era a vontade... vontade de escrever, de contar, de dividir. Tanto que ensaiei esta volta várias vezes, mas por falta de tempo, inspiração ou talento, não passavam de planos.
Falar de filho é um problema. Babação é um risco. Um risco de cometer um erro. Sei que não tenho como evitá-lo o tempo todo. Mas a princípio meus planos é mais escrever sobre meus pensamentos, opiniões, experiências como mãe, do que fazer um diário baba-ovo em si.
A vontade de criar bateu. Abro a porta e deixo ela sair. Falar dos meus amores é fácil demais e extramente complicado. Falar de alguém que a gente ama, incodicionamente, é um desafio. Mas eu quero tentar.
Sou honesta, e não vou dizer que este blog é feito para os familiares e amigos poderem acompanhar o dia-a-dia dos meus filhos, da minha família. Eles irão sim, se beneficiar também, mas o blog foi mesmo feito pra que eu possa deixar minha vontade fluir. Escrever, pra quem gosta (tenha talento pra isto, ou não) é uma necessidade.
A quem veio, boas vindas... vamos começar de novo? :)